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Alexandra Saraiva

Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), DINÂMIA’CET-IUL
Alexandra.Saraiva@iscte.pt,
Faculdade de Arquitetura e Artes, Universidade Lusíada

 

Para citação: SARAIVA, Alexandra – Mergulhando no Sul de Raúl Hestnes. Estudo Prévio 9. Lisboa: CEACT/UAL – Centro de Estudos de Arquitetura, Cidade e Território da Universidade Autónoma de Lisboa, 2015. ISSN: 2182-4339 [Disponível em: www.estudoprevio.net]

Creative Commons, licence CC BY-4.0: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Resumo

Este artigo pretende mostrar a relevância do Sul no universo arquitetónico de Raúl Hestnes Ferreira. O texto é dividido em três partes, na primeira aborda-se ambiente familiar e a vertente neorrealista seguida por seu pai, José Gomes Ferreira; na segunda parte é tratado o seu percurso académico e profissional em Portugal, na Finlândia e nos Estados Unidos da América; a terceira parte corresponde ao aprofundamento do léxico arquitetónico de Raul Hestnes, e o seu confronto com a arquitetura do Sul. De modo a fundamentar os argumentos lançados no texto, são apresentadas três obras correspondentes a tempos diferentes, a Casa da Juventude de Beja (1975-1985), a Agência da Caixa Geral de Depósitos, em Avis (1985-1991) e a Biblioteca Municipal Jesus Bento Caraça, na Moita (1989-1997).

Palavras-chave:Hestnes Ferreira, Ancestralidade, Tectónica, Geometria, Monumentalidade

 

1. Antes do mergulho, as influências familiares

A construção cívica e pessoal de Raúl Hestnes Ferreira está relacionada com o seu núcleo familiar e com o seu círculo de amigos. Raúl Hestnes nasceu em Lisboa, em 1931, no período de ditadura nacional, que daria origem ao regime estado-novista, encabeçado por Oliveira Salazar (1899-1970). A vertente republicana e democrata que apreendera de seu avô paterno Alexandre Ferreira e o universo literário neorrealista seguido por seu pai, José Gomes Ferreira, são influências fundamentais. Este último iniciara a sua atividade profissional como escritor, em 1930, após ter abdicado das suas funções de Cônsul Português em Kristiansund entre 1926 e 1929.

A mãe de Raúl Hestnes, Ingrid Hestnes Ferreira, era norueguesa, natural de Kristiansund, mostrando-lhe a realidade escandinava. Em 1933, visitaram pela primeira vez a sua família materna, tendo voltado novamente, em 1935, e permanecido por um ano na Noruega.

A cumplicidade entre pai e filho é visível nos diários de José Gomes Ferreira, publicados sob o título Dias Comuns, que iniciara a 1 de outubro de 1965, coincidindo com o regresso de Raúl Hestnes dos Estados Unidos da América1. Os nove diários, publicados até período de 1 de janeiro a 17 de agosto de 1969, ajudam a conhecer o círculo de amigos e os acontecimentos mais importantes para a família. Nas descrições formuladas sublinha-se o sentido ético e o respeito pelos indivíduos e pela liberdade de cada um, valores que sustentavam a base ideológica que se sedimentou no seio familiar e que mais tarde se revelou como argumento de oposição ao regime ditatorial, deposto em 25 de Abril de 1974.

 

2. Os primeiros mergulhos

Raúl Hestnes Ferreira realizou a sua formação na Escola de Belas Artes do Porto entre 1952 e 1957, após ter sido expulso da Escola de Lisboa onde estudara entre 1951 e 1952 devido à sua atividade de cariz politico. No Porto, para além do contacto com Carlos Ramos (1897-1969), diretor da escola, foi aluno de Fernando Távora (1923-2003), sendo este o professor que mais o marcou. Enquanto permaneceu no Porto, como estudante, teve a oportunidade de colaborar com os arquitetos Arménio Losa (1908-1988), Cassiano Barbosa (1911-1998) e João Andersen (1920-1967).

No contexto da sua formação ressalta, contudo, a figura de Francisco Keil do Amaral (1910-1975), sempre próximo da família, influenciando-o na procura da essencialidade do pensamento arquitetónico.

A década de 1950 permitiu-lhe associar todas estas personagens através do Inquérito à Arquitetura Popular em Portugal. Embora Raúl Hestnes não tenha participado neste processo, assimilou a pesquisa teórica centrada na arquitetura do autêntico, sublinhada na casa popular, nas pessoas e na Terra.

 

Figura.1- Raúl Hestnes Ferreira, Finlândia, 1958. [arquivo pessoal de Raúl Hestnes Ferreira]

 

Entre 1957 e 1958, Raúl Hestnes mergulha na Escandinávia e vivencia a arquitetura finlandesa (Fig.1). O plano inicial da viagem era visitar as obras de Alvar Aalto e as principais obras da arquitetura finlandesa, Hestnes altera, contudo, o plano, permanecendo na Finlândia por um ano. Neste período, estuda, no Instituto Finlandês de Tecnologia de Helsínquia, como aluno externo, urbanismo com Otto Meurmam (1890-1994) e arquitetura com Heikki Siren (1918-2013). Os ensinamentos destes dois arquitetos têm um forte impacto na formação de Raúl Hestnes, revelando-lhe, nomeadamente, a importância do sistema construtivo e da estrutura como fatores integrantes do processo conceptual. Em 1958 colabora no escritório de Woldemar Baeckman (1911-1994), em Helsínquia, e também durante este período desenvolve como colaborador de Osmo Rissanen um Concurso para uma Igreja. (Saraiva, 2011: 118)

O mergulho na Escandinávia foi determinante para a consolidação e compreensão da identidade de Raúl Hestnes Ferreira, introduzindo-o nas lógicas revisionistas em torno do Movimento Moderno.

Dois anos após regressar a Portugal profere duas conferências, a primeira em Lisboa, durante a inauguração da exposição itinerante sobre Arquitetura Finlandesa, organizada pelo Museu Suomen Rakennustaiteen de Helsínquia, na União Nacional dos Arquitetos e a segunda no Porto, na Escola de Belas Artes. A propósito da exposição, Hestnes Ferreira publica um artigo na revista Arquitetura, onde explicita que as continuidades existentes entre as diferentes gerações de arquitetos exibidos implicam uma unidade, com foco nas preocupações de natureza psicológica e humana, contrapondo a realidade finlandesa com o momento que Portugal atravessava (Ferreira, 1960: 60-61).

Entre 1958 e 1962, Raúl Hestnes permanece em Portugal e realiza cinco projetos, sendo o mais importante, a casa que projeta para o seu pai em Albarraque, sob a influência dos princípios da arquitetura escandinava e os ensinamentos apreendidos na Escola de Belas Artes do Porto. Hestnes consegue transpor o neorrealismo defendido por seu pai para este projeto, ao criar um refúgio que respeita o modo de vida da família e a simplicidade do meio rural.

Neste período2, desenvolveu a sua atividade profissional na região Sul, com maior incidência no Algarve, ajudando-o a reavivar a memória da arquitetura popular portuguesa.

Porém a vontade de conhecer novos mares leva-o aos Estados Unidos da América, em 1962, primeiro a Yale e depois a Pensilvânia. Neste mergulho, Raúl Hestnes absorveu, consolidou e partilhou os anseios de Louis Kahn3, quanto ao fascínio pelas arquiteturas antigas do Sul, especialmente pela Grega e Romana. Ao ser influenciado pelas arquiteturas do Sul, Louis Kahn pretendeu criar uma imagem de continuidade nos seus edifícios, pela escolha de materiais não contrastantes, dando um caráter monolítico às suas obras.

Com este mergulho, Raúl Hestnes consolidou conceitos como ordem, ritmo, simetria e monumentalidade como modo de potenciar o significado, o sentido e a coerência dos seus edifícios. Investiu no tempo longo, fiel a uma ética da construção, assumindo o valor do tempo, presente na arquitetura do Sul e defendido por Louis Kahn.

Em 1966, Raúl Hestnes regressa a Portugal e recomeça a sua atividade profissional que continua até hoje.

 

3. Finalmente mergulhando no Sul de Raúl Hestnes Ferreira

A monumentalidade e o neorrealismo cruzam-se na obra de Raúl Hestnes, no modo como cada obra é capaz de transmitir a sensação de eternidade, à qual não se pode alterar ou anexar partes, ao todo, definindo uma qualidade espiritual e na vontade de reproduzir o sentido manual da construção, a sua depuração, a ausência de elementos acessórios ou excessivos apesar da complexidade geométrica. No seu artigo Monumentality, Louis Kahn definiu a monumentalidade como uma qualidade espiritual; também para Hestnes Ferreira, essa qualidade corresponde à capacidade de eternidade que cada obra pode alcançar.

Embora Hestnes rejeite as aproximações a Robert Venturi, a sua obra reflete contradições e complexidades, as suas obras podem ser simultaneamente fechadas (aberturas controladas e paredes opacas) e abertas (os pátios, os terraços); grandes (a escala exterior) e pequenas (escala interior); diversas (pelo tipo e forma de fenestrações) e unitárias (pela materialidade proposta); simples (pela consistência, geometria) e complexas (pelos detalhes, pela singularidade). E são estas contradições e complexidades que constituem o léxico arquitetónico de Raúl Hestnes.

Da vasta obra de Raúl Hestnes Ferreira, mergulha-se em três obras ilustrativas da arquitetura do Sul, a Casa da Juventude de Beja (1975-1985), pela ancestralidade (o tempo); a Agência da Caixa Geral de Depósitos, em Avis (1985-1991) pela precisão do tijolo (a tectónica) e por último a Biblioteca Municipal Jesus Bento Caraça, na Moita (1989-1997), pela geometria (a implantação).

A Casa da Juventude de Beja é um projeto chave da sua obra: pelo programa específico e pela população a que se destinava, Raúl Hestnes pretendeu dar um caráter festivo ao edifício. O desenvolvimento desta obra coincidiu com um momento de euforia coletiva, pós 25 de Abril e defesa dos valores coletivos com a criação de espaços que proporcionassem a participação e a colaboração da juventude.

Figura.2- Esquisso do alçado, Casa da Juventude de Beja. [arquivo pessoal de Raúl Hestnes Ferreira]

 

No entanto neste projeto, Raúl Hestnes aposta no caráter monolítico do edifício, a simplicidade formal é sublinhada pela dimensão e posição dada a cada abertura (Fig.2). A materialidade proposta continha apenas materiais tradicionais ajudando a simplificar a imagem final do edifício.

Raúl Hestnes é inspirado pela tradição construtiva tradicional alentejana, ao cobrir o edifício com vinte cúpulas, abóbodas tipo Barrete de Clérigo. Por serem exemplificativas da tradição construtiva tradicional, Raúl Hestnes socorreu-se de duas equipas oriundas de Serpa para a sua construção. Neste edifício o tijolo assume a dupla categoria de ser estrutura e revestimento, mantendo um diálogo permanente entre materialidade e tectónica.

Figura.3- Detalhe da construção, Casa da Juventude de Beja.  [arquivo pessoal de Raúl Hestnes Ferreira]

 

A simetria, o ritmo e a escala são características do conjunto (Fig.3). A distribuição interior fortalece a centralidade e determina o seu caráter formal, fortemente simétrico. O ritmo do conjunto é sublinhado pela forma tipo, de cada abertura, bem como pelo posicionamento destas nos planos de fachada, complementada com a repetição das abóbodas na cobertura.

A ancestralidade da Casa da Juventude é alcançada pela ordem compositiva, pela definição da escala do edifício, pelo aspeto monolítico da obra, e pelo respeito pela tradição construtiva, dando ao conjunto um caráter monumental.

O projeto da Agência da Caixa Geral de Depósitos em Avis4 começou em 1985 e a obra foi concluída em 1991. Este equipamento situa-se fora das muralhas do núcleo histórico da vila de Avis, no distrito de Portalegre e ocupa um quarteirão triangular. Raúl Hestnes escolheu o tijolo cerâmico como material dominante, de modo a garantir pouca manutenção, solicitada pelo dono da obra.

Figura.4- Esquisso do interior, Agência da Caixa Geral de Depósitos, Avis. [arquivo pessoal de Raúl Hestnes Ferreira]

 

A tectónica resulta do conhecimento anterior dos parâmetros construtivos deste material e que concretiza no desenho, existindo uma fusão entre o gesto da sua conceção e a imagem final do conjunto (Fig.4). A simplicidade do programa resulta na essencialidade do projeto.

Raúl Hestnes assume que algumas vezes não conseguiu fugir à utilização de imagens de Louis Kahn, neste caso, a inclusão da janela redonda sobre o pátio, considerando que aparece por imposição do material e resulta do encontro dos dois planos de fachada. O ritmo é conseguido pela sucessão de aberturas no plano de fachada principal, resultando numa cadência entre cheios e vazios, refletindo luz e sem luz. O jogo de luz e sombra evidencia a composição formal de todo o conjunto e intensifica a expressividade intensa de toda a obra (Fig.5).

Figura.5- Exterior da Agência da Caixa Geral de Depósitos, Avis. [arquivo pessoal de Raúl Hestnes Ferreira]

 

A escala da Caixa Geral de Depósitos, em Avis, é revelada pela tectónica que Raúl Hestnes define para os materiais, no exterior, o tijolo cerâmico e no interior, o mármore, o betão, a madeira e o cobre. A precisão com que interage com cada elemento construtivo ajuda a elevar a tectónica ao seu expoente máximo. A materialidade e o simbolismo, permitem integrar esta obra no discurso sobre a monumentalidade de Louis Kahn.

 

Figura.6- Esquisso da planta, Biblioteca Jesus Bento Caraça, na Moita. [arquivo pessoal de Raúl Hestnes Ferreira]

 

Mergulhar na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça (1989-1997), significa percorrer um edifício onde o traçado geométrico é o ponto forte da conceção (Fig.6).

Embora o resultado final não corresponda ao projeto inicial, em virtude deste ter sido deslocado para o Parque da Moita, em vez de se implantar no mesmo local do Tribunal Judicial da Moita, a sua conceção não difere muito da ideia original, em virtude da impossibilidade de realização de um projeto novo.

A composição planimétrica resulta da utilização do quadrado e da repetição deste por rotação e simetria, característica da arquitetura do mediterrâneo. A inclusão de dois pátios, um anexo á zona de leitura dos adultos e outro na zona de leitura das crianças, sublinha a tradição construtiva da arquitetura do Sul. A repetição ritmada de toda a estrutura do edifício ajuda a demarcar os diferentes espaços de leitura e atendimento, dando ao conjunto um caráter unitário. Cada espaço relaciona-se diretamente com o público-alvo, no modo como define a escala do edifício e do mobiliário.

A materialidade assume um papel de destaque no edifício, o tijolo não é utilizado apenas como material portante, mas reforça o seu papel no contexto arquitetónico e mais propriamente, na relação que cria com os restantes materiais, em especial com o betão branco (Fig.7).

Neste projeto, Raúl Hestnes demonstra uma variedade de soluções tectónicas, a nível da utilização e manipulação do tijolo, contudo, não se considera excessiva. Contudo é a geometria complexa, que caracteriza esta obra.

Figura.7- Zona de leitura, Biblioteca Jesus Bento Caraça, na Moita. [arquivo pessoal de Raúl Hestnes Ferreira]

 

4. Depois do mergulho…

Mergulhar na arquitetura do Raúl Hestnes, pressupõem nadar pela constante triangulação entre a arquitetura mediterrânica, escandinava e a obra de Louis Kahn, na procura da essencialidade da arquitetura.

No contexto Português como também no contexto Internacional, autores como Carlos Santos Duarte, Paulo Varela Gomes, Willy Serneels, Ahmet Gülgönen entre outros, confirmam a importância de Raúl Hestnes Ferreira para o panorama da arquitetura portuguesa.

Alexandre Alves Costa, sobretudo, por ter mantido uma relação pessoal e educacional, próxima de Hestnes Ferreira, descreve-o de uma forma muito elucidativa, “chegou ao mediterrâneo por um longo e sinuoso caminho, do Porto à Finlândia, da ordem dos Modernos a Kahn, a Roma, à universalidade da ordem compositiva.” (Costa, 2007, p.125). Esta afirmação de Alves Costa salienta as influências que este recebeu para a concretização da sua obra.

O desenho, a ordem e a forma, para Raúl Hestnes Ferreira são conceitos que se interrelacionam e se complementam, na vontade de superar o processo conceptual.

Nas obras de Raúl Hestnes, a ancestralidade, a tectónica e a geometria são indissociáveis, os materiais são escolhidos em concordância com as potencialidades formais e expressivas de cada um deles e integrando o valor do tempo e o modo como cada material se comporta ao longo da vida útil de cada edifício. Ao deixar aparente o sistema construtivo, cada obra é simplificada, eliminando qualquer elemento que possa confundir a sua leitura. A ancestralidade é uma das qualidades das suas obras, originada pela sua interpretação do tempo longo.

A monumentalidade para Raúl Hestnes Ferreira não é um objetivo, mas uma consequência, as suas obras destacam-se pelo caráter, pela inércia, pelo peso e pelo modo como contribuem para o contexto urbano, expressando uma ideia relativa à sua natureza, ao seu uso e ao seu destino, e no modo como despertam os sentidos.

 

Notas

[1]Os diários iniciaram onze anos antes a sua primeira edição, publicada apenas em 1976.

2Em 1961, Raúl Hestnes Ferreira recebe o diploma de Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa com a Tese sobre Residências Universitárias, com a classificação de 19 valores.

3Raúl Hestnes foi colaborador de Louis Kahn, entre 1963 e 1965, em Filadélfia, tendo participado essencialmente nos Planos dos Centros Governamentais do Paquistão em Dacca e Islamabad; nos Edifícios da Assembleia Nacional em Dacca e Islamabad; no Hospital Principal em Dacca, como responsável; na Escola Superior de Administração em Ahmedabad, União Indiana; e na Escola de Arte em Filadélfia, projeto não construído.

4Este projeto foi galardoado, em 1993, pela Associação dos Arquitetos Portugueses, com o Prémio Nacional de Arquitetura – Construção, Técnica, Detalhe.

 

Bibliografia

COSTA, Alexandre Alves- Textos Datados. Coimbra: EIdlarq, Edições do Departamento de Arquitectura da FCTUC, 2007

FERREIRA, Hestnes- Exposição de arquitetura finlandesa na SNBA, Arquitectura 3ª série,

n.º 67, 1960, pp.60-61

KAHN, Louis- Louis Kahn: Essential Texts, Ed. Robert Twombly, New York: W.W. Norton, 2003.

ISBN-13: 978-0393731132

SARAIVA, Alexandra Maria Barros Alves Chaves Silva Vidal- A Influência de Louis I. Kahn na obra de Hestnes Ferreira. Coruña: Universidad de La Coruña, Tese de Doutoramento em Arquitectura, 2011.

 

Biografia

Alexandra Saraiva

Arquiteta. Professora Auxiliar na Faculdade de Arquitectura e Artes, Universidade Lusíada Norte – Porto, investigadora de Pós-doutoramento no DINÂMIA’CET-IUL, do ISCTE.